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Doença se trata, pessoa se cuida

17/12/2025

Em algumas práticas da área da saúde, observa-se um fenômeno recorrente: o profissional se dedica intensamente à doença, mas se distancia do doente. Ou seja, o diagnóstico, os exames, os protocolos e os sintomas ocupam o centro da atenção, enquanto a pessoa com sua história, emoções, contexto social e sofrimento subjetivo torna-se secundária.

O foco dessas pessoas é apenas a patologia. O paciente vira “o depressivo”, “o diabético”, “o ansioso” - A escuta se torna rápida e técnica - Perguntas existenciais e emocionais ficam fora da consulta.

O sofrimento que não vai aparecer nos exames, porque muitos aspectos do adoecimento não são mensuráveis, como: medo, culpa, desesperança, solidão, rejeição, abandono, perda de sentido, luto e muito mais.

Com isso a pessoa corre o risco da despersonalização. Focar exclusivamente na doença pode levar à despersonalização do paciente, fazendo com que ele se sinta:

  • invisível
  • não escutado
  • infantilizado
  • reduzido a um prontuário

Isso enfraquece o vínculo terapêutico, que é um dos fatores mais importantes para qualquer processo de cura.

A saúde verdadeiramente eficaz surge quando ciência e humanidade caminham juntas.
Não se trata de abandonar protocolos, mas de lembrar que nenhuma doença existe fora de uma pessoa.

Cuidar do doente é reconhecer que o sofrimento não está apenas no corpo, mas também na história, nos vínculos e no significado que a pessoa dá àquilo que vive.

A doença se trata, e a pessoa se cuida!

 

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